terça-feira, 15 de julho de 2008

O Adventismo do Sétimo Dia






"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo" (Colossenses 2.16,17).
Em alguns países, como por exemplo, os Estados Unidos, os adventistas do sétimo dia conseguiram o status de evangélico e não considerados como seita por muitos.
A questão independe de ser seita ou não, mas das doutrinas que eles defendem. O Islamismo é uma religião, e não uma seita, da mesma forma o Catolicismo Romano. Os Adeventistas nunca reconheceram os evangélicos como cristãos autênticos. Podemos afirmar que suas crenças fogem à ortodoxia, e por isso analisamos essas crenças à luz da Palavra de Deus.


HISTÓRIA

Tudo começou com William Miller. Nascido em 1782, Pittsfield, estado de Massachussets, EUA. Era de família batista. Em 1818, dizia que nos próximos 20 anos Cristo voltaria à Terra. Em 1831 Miller anunciou que esse evento ocorreria em 23 de março de 1843. Tentou justificar a sua "profecia" em Daniel 8.13,14, que dizia que as 2300 tardes e manhãs correspondiam a 2300 anos, e marcou como ponto de partida o retorno de Esdras a Jerusalém em 457 a.C.
Ele conseguiu muitos adeptos. Esses seguidores de Miller venderam propriedades e foram para as colinas esperar o retorno de Cristo. Em Boston, muito se vestiram de branco, subiram os montes, e permaneceram em constante oração. Enquanto isso, muitos em outras partes dos EUA, entregaram-se publicamente à imoralidade e à prostituição. Nada de suas previsões, porém, se cumpriu. Miller disse que se enganou, e que errou nos cálculos, marcando nova data - 22 de outubro de 1844, que também fracassou.
Miller se arrependeu e procurou a igreja. Pediu perdão e foi servir a Deus, vindo a falecer em 1849. Com isso surgiram vários grupos. Hiram Edson, de Port Gibson, disse que teve uma visão no dia do fracasso de Miller, dizendo que viu Jesus em pé ao lado do altar. Assim interpretou a "profecia" de Miller dizendo que ele errou simplesmente quanto ao local, mas havia acertado a data. Joseph Bates, de New Hampishire, Washington, intituiu a observância do sábado. O casal White, em Portland, Maine, destacou-se com suas "revelações e visões".
Os três grupos juntos, em 1860, deram origem ao que hoje se chama Igreja Adventista do Sétimo Dia. A observância da lei, a guarda do sábado, o juízo investigativo, o bode emissário, o espírito da profecia e o sono da alma são os pontos principais que distinguem os Adventistas do Sétimo Dia dos evangélicos.

A QUESTÃO DO SÁBADO
Afirmam que a guarda do sábado está na lei e que por isso deve ser observado de geração em geração porque é um dos preceitos da Lei de Deus, que segundo eles é a mesma lei mora. Assim classificam a lei de Lei Moral e Lei Cerimonial. Os Dez Mandamentos são a Lei Moral, chamada Lei de Deus e a Lei Cerimonial, chamada por eles de Lei de Moisés. Esse arranjo adventista não pode ser confirmado na Bíblia.

A Bíblia afirma que existe uma só lei. Os judeus interpretam assim: um só Deus, um só legislador, portanto, uma só lei.
O que existe, na verdade, são preceitos morais, preceitos cerimoniais e preceitos civis. É chamada Lei de Deus, porque teve origem nele. Lei de Moisés porque foi Moisés o legislador que Deus escolheu para promugá-la no Sinai. Os preceitos, tanto do Decálogo como os fora dele, são chamados alternadamente de Lei de Deus ou do Senhor e Lei de Moisés: "E cumprindo-se os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram para Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor (segundo o que está escrito na lei do Senhor...)" (Lc 2.22,23).
Os dois maiores mandamentos são preceitos morais: amar a Deus acima de todas as coisas e "o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12.29-31); entretanto, não constam do Decálogo, é uma combinação de Deuteronômio 6.4,5, com Levítico 19.18. Por outro lado, encontramos no Decálogo o quarto mandamento, que não é preceito moral. Jesus disse que sacerdote podia violar o sábado e ficar sem culpa: "Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa?" (Mt 12.5).

A questão não é o sábado em si, mas o fato de que não estamos debaixo do Antigo Concerto: "Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas" (Hb 8.6).
As festas judaicas eram anuais, mensais, ou lua nova (pois a lua nova aparece de 28 a 30 dias e com ela se principia o novo mês) e semanais. Você pode ver issso em 1 Crônicas 23.31; 2 Crônicas 2.4; 8.13; 31.3; Ezequiel 45.17. O apóstolo Paulo diz: " "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo" (Colossenses 2.16,17). O sábado cerimonial ou anul já está incluído na expressão " dias de festa", que são as festas anuais, "lua nova", mensais e "dos sábados, festa semanal. O texto fala de um objeto projetando sombra, ou seja, realidade espiritual na fé cristã é Cristo e não o sábado. Essas figuras das coisas futuras se cumpriram em Jesus. Por isso que Jesus afirmou ser Senhor do sábado (Mc 2.28). Esse texto de Colossenses é a melhor resposta bíblica para os sabatista.
Dizem que o imperador romano, Constantino, mudou o sábado pelo domingo e por isso estamos comprometidos com um dia pagão. Essa versão deles não condiz com a verdade histórica. A palavra "domingo", por si só, significa "Dia do Senhor", pois foi nesse dia que o Senhor Jesus ressuscitou.

Os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana: "No primeiro dia da semana, ajuntando dos díscipulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte..." (At 20.7).

Os adventistas costumam perguntar com muita freqüência: "Onde está escrito na Bíblia que devemos guardar o domingo?" Eles acham que com isso vão calar a boca de todo o mundo. O Decálogo fala do sábado e isso acontece também em muitos lugares do Velho Testamento, mas o domingo não. Mas na Nova Aliança não há mandamento algum para guardar dias. Dizem que o "domingo" é um dia pagão, porque em inglês Sunday significa "dia do Sol". Nesse caso, todos os demais dias também seriam pagãos, porque os dias da semana, em inglês, são de origem célticos e homenageiam antigas dinvidades, inclusive o sábado, que é Saturday, "dia de Saturno".

"O ESPÍRITO DE PROFECIA"
Os adventistas afirmam que a expressão "o testemunho de Jesus é o espírito de profecia" (Ap19.10) é uma alusão aos escritos da Sra. Ellen Gould White. Já chegaram a afirmar na Revista Adventista, fevereiro de 1984, que suas obras têm "aplicação e autoridade especial para os Adventistas do Sétimo Dia" e negando que "a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White seja diferentes dos escritos nas Escrituras Sagradas". Hoje estão afirmando, na obra Nisto cremos, que as obras dela "não constituem um substitutivo para a Bíblia. Não podem ser colocados no mesmo nível". O que aconteceu? Mudança ou contradição? Eles gastaram muita tinta e papel para defender os seus escritos.
De qualquer forma, boa parte da obras da Sra. White é plágio, o mérito que os adventistas de hoje dão a ela, se há méritos, deveria ser transferido para os seus verdaeiros autores. Walter T. Rea, em sua obra The White Lie (A Mentira Branca), apresenta tabelas interminávies desse plágios. No capítulo cinco ele mostraque a obra, Patriarcas e Profetas, é plágio do Dr. Alfred Edersheim. No capítulo seguinte, ele dá as fontes de onde Ellen White plagoiu o livro O Desejado de Todas as Nações.
Os teólogos adventistas têm feito um esforço concentrado para salvar a situação de sua profetiza. Alguns deles apelaram para as passages de 2 Reis 18 e Isaías 39, pois são os mesmos textos, para justificar o plágio da Sra. White. Acontece em que nenhum lugar do livro dos Reis menciona o nome de seu autor. Além disso, um relato histórico extraídos dos anias dos reis de Israel, às vezes dee autoria desconhecida, usado por qualquer profeta daépoca não pode justificar os plágios da atualidade. O plágio é condenado tanto na lei dos homens como na Palavra de Deus. Veja Jeremias 22.13

OUTRAS CRENÇAS ERRÔNEAS
O juízo investigativo é a doutrina da redenção incompleta de Hiram Edson, consubstanciada posteriormente pelas "visões" da Sra. White. Afirmam os adventistas que em 1844 o Senhor Jesus entrou no santuário, no céu, para purificá-lo e assim completar a obra da redenção humana.
São dois os principais problemas dessa interpretação adventista. Primeiro é as "duas mil e trezentas tardes e manhãs", de Daniel 8.13, não podem ser o mesmo que 2.300 dias. Há em cada dia uma tarde e uma manhã, isso significa que essas tardes e manhãs são 1.150. É basicamente o tempo ocorrido entre a profanação do santuário de Jerusalém, por Antíoco Epifânio, em 175 a.C. e a purificação do templo, por Judas Macabeus, quando foi instituída a festa da dedicação. Essa festa é mencionada em João 10.22
O segundo diz respeito à entrada no santuário celestial. Jesus Crsito entrou no santuário celestial quando subiu ao céu e não em 1844. O Senhor Jesus assentou-se à destra da Majestade nas alturas quando foi assunto ao céu: "a qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque" (Hb 6.19,20). Veja ainda Hebreus 1.3; 10.19,20.
A obra da redenção foi realizada na cruz do Calvário e foi completa, não existe espaço na Bíblia para essa doutrina adventista, Jesus disse: "Está consumado" (19.30). Isso fala da obra da redenção: "Portanto, pode salvar perfeitamente os que por ele se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7.25).
Os adventistas dizem que o bode emissário, do dia da expiação, representa Satanás. Assim, os adventistas colocam Satanás como co-autor da redenção. Moisés prescreveuque, no dia da expiação, o sumo-sacerdote apresentasse dois bodes para o sacrifício. Um deles seria imolado e outro enviado para o deserto - o bode emissário, azazel, em hebraico. Convém lembrar que os dois bodes eram apresentados, não um só. Isso representava o sacrifício de Jesus pela expiação de nossos pecados. Veja Levítico 16.5,10.
A Bíblia diz que foi Jesus quem levou nossos pecados: "Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossa enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moídos pelas nossa iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelahs; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Is 53.4-6). O bode emissário não pode representar Satanás. O texto sagrado diz que os dois bodes eram paresentados para expiação, não apenas um deles: "...tomará dois bodes para expiação" (Lv 16.5). Veja ainda Mateus 8.16,17; João 1.29; 1 Pedro 2.24; 3.18.

Os adventistas do sétimo dia ensinam a kash'rut (leis dietéticas dos judeus) e são vegetarianos, segundo o modelo do Hinduísmo. O Novo Testamento recomenda os cristãos não comerem sangue e nem a carne sufocada. Quanto às leis dietéticas, prescritas por Moisés, não há proibição alguma na Nova Aliança. Isso é que o o mostra Romanos 14.2-6. Quem acha que pode comer de tudo, não critique o crente fraco que faz restrição de alimento, pois tudo isso que fazem o fazem para Deus. Veja ainda 1 Timóteo 4.4,5.

Negam a existência do inferno de fogo ardente e não admitem que a alma do homem sobreviva à morte. A Sra . White ataca todos os pastores evangélicos. Ela, no seu livro O Grande Conflito, nos chama de agentes de Satanás, porque pregamos a existência do inferno ardente. Esse livro e outras publicações da Casa Publicadora Brasileira, muitas vezes, são vendidos em nossas igrejas.
Bibliografia:

Manual de Apologética Cristã - 1ª Edição/2002 - autor: Esequias Soares - Editora CPAD

Um comentário:

Jefferson Queiroz disse...

É uma pena ler esses comentários que vocês publicam sobre os Adventistas do Sétimo Dia. Plagio de Ellen White? O Sábado não ser moral? Antiga e nova aliança? O que vocês sabem realmente sobre esses assuntos? Parece que não muito. Temos que estudar a Bíblia pra descibrir as suas verdades e não as nossas próprias.