quarta-feira, 9 de julho de 2008

O Espiritismo



" E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecada, aos que o esperam para a salvação" (Hebreus 9.27,28).


Segundo Allan Kardec, espírita é todo aquele que acredita na manisfestação dos espíritos. Com base nesse conceito os adeptos dos cultos afro-brasileiros são também espíritas. Outra declaração curiosa de Kardec é que o espiritismo seria a terceira revelação de Deus à humanidade: Moisés seria a primeira, Cristo a segunda e o próprio Kardec a terceira. Os kardecistas, segundo orientação de Kardec, afirmam que Cristo e o espiritismo são uma mesma coisa. Se fosse assim ambos ensinariam também uma mesma coisa sobre Deus, sobre o Senhor Jesus, sobre o homem e o pecado, sobre a salvação e a Bíblia.





COMO TUDO COMEÇOU?



A coluna vertebral do espiritismo é a comunicação com os mortos , necromancia, que exige uma crença na reencarnação, também chamada transmigração das almasé muito antiga, vem desde o Hinduísmo passando pela Grécia antiga, Pitágoras (Séc VI a.C). Apesar da antiguidade, o espiritismo moderno marca seu início em 1848, começou em Hydesville, região de Nova Iorque, Estados Unidos.

As irmãs Margareth, na época com 12 anos de idade, e Katharine Fox afirmaram ver mesas girando e ouvir pancadas na casa. Faziam perguntas e essas eram respondidas mediante estalido de dedos. Elas sentiram a sensação de estar comunicando com o mundo invisível. Isso chamou a atenção de muita gente; logo, estas práticas começaram a se espalhar.

Elas se tornaram médiuns e percorreram a Europa difundindo a comunicação com os mortos. Depois elas mesmas contaram que tudo isso era coisa de vivos e não de mortos. Foi na Academia de Música de Nova Iorque que Margareth, em 1888, contou que os ruídos eram porque, desde os seus sete anos de idade aproximadamente, aprendeu deslocar maçãs, puxadas por fios cobertos de papel, para assustar sua sobrinha. A mãe foi enganada pela aparente imobilidade da filha e atribuiu os sons a um espírito.



A linha espírita mais conhecida no Brasil é a kardecista, nome derivado de Allan Kardec. Nascido em

1804, seu nome verdadeiro era Hipolyte Léon Denizard Rivail, médico e professor francês. Lançou o seu primeiro livro O Livro dos Espíritos, em 1857. Influenciado por um amigo, passou a freqüentar reuniões espíritas e, por fim, tornou-se médium. Em 1858 organizou em Paris a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Adotou o nome Allan Kardec alegando ser o seu nome na outra encarnação. Faleceu em 1869.




TEOLOGIA ESPÍRITA


Os espíritas recusam aceita a Bíblia como a infalível Palavra de Deus. Fazem uso dela para justificar algumas de suas crenças nalgune textos bíblicos selecionados e interpretados fora do contexto. O que Jesus chamou de novo nascimento em João 3.3: "...aquel que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus"; eles chamam de reencarnação. O absurdo dessa interpretação kardecista pode ser visto nas palavra do próprio Senhor Jesus: "O que é nascido da carne é carne, e o que nascido do Espírito é espírito" (Jo 3.6). Ainda que existisse reencarnação, mesmo assim seria nascer da carne. Logo Jesus não estava falando de reencarnação, mas do novo nascimento, de alguém se converter à fé cristã.



Como eles acreditam que são a terceira revelação de Deus à humanidade, logo não precisam da Bíblia. Suas crenças vêm dos espíritos, prinicipalmente das obras de Allan Kardec, O Livro dos Espíritos e o Evangelho Segundo Allan Kardec, revelações contraditórias em si mesmas e de fontes estranhas. Poder se cristão quem não acredita na Bíblia? Não. A fonte única de autoridade para vida e a conduta do cristão é a Bíblia. É a única revelação escrita de Deus à humanidade, pois "...os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (1 Pe 1.21). Ela é inspirada por Deus e perfeita. Veja 2 Timóteo 3.16; Salmo 19.7.





Seu conceito sobre Deus


Uns são deístas, doutrina que afirma a existência de Deus, mas ele está muito longe de nós e não se envolve com os assuntos humanos. É como um relojoeiro de dá corda a um relógio e esquece dele. Doutrina dos epicureus. Nós somos teístas, é a doutrina bíblica que ensina que Deus está muito próximo de nós: "...ainda que não longe de cada um de nós" (At 17.24-27) e que está interessado no ser humano (Hb 11.6). Outros são panteístas, doutrina que confunde o Criador com a criatura. Mas há declarações panteístas nos Escritos de Allan Kardec como, por exemplo: "Deus é a inteligência suprema".


A Bíblia revela um Deus Pessoal, com atributos pessoais, tem vontade própria, conciência de si mesmo.



Seu conceito sobre Jesus Cristo


Rejeitam a deidade absoluta de Jesus. As Testemunhas de Jeová modificaram passagem de João 1.1, na Tradução Novo Mundo, usando a seguinte expressão: "e a Palavra era [um] deus". Mas, o artifício dos espíritas é diferente, argumentam que foi o apóstolo João quem escreveu o texto, que não são palavra de Jesus, logo não teria a mesma autoridade.

Jesus é colocado no mesmo nível dos grandes filósofos ou fundadores de religião do passado com Sócrates, Buda, Confúcio, Zoroastro, Maomé e outros. Socialmente falando, os espíritas se apresentam como pessoas amáveis e simpáticas, cheias de boas intenções, ajudando creches e instituições filantróficas. Não se dão conta do quanto estão desonrando a Deus em considerar o Senhor Jesus com apenas um mero iluminado ou ilustre humano igual a tantos outros. No campo espiritual, eles são arrogantes e presunçosos. Já têm o evangelho segundo Allan Kardec e não admitem precisar de Jesus, sequer consideram o espiritismo como religião e muito menos seita.

Jesus é incomparável: "...Deus o exaltou soberanamente e lhe due um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2.9-11). Nenhum nome na terra pode ser comparado com o de Jesus, pois há uma diferença abissal e infinita entre Jesus e quaisquer um dos mais ilustres mortais que já viveu na terra. Jesus está vivo e tem todo o poder no céu e na terra, esse homens, entretanto, já morreram e não puderam ressuscitar a si mesmo, pois continuam no túmulo. É, pois, insensatez e desatino espiritual colocar Jesus no mesmo nível de qualquer ser humano.



Seu conceito sobre Satanás e os demônios


Os espíritas não acreditam na existência de Satanás e seus demônios. Afirmam que Satanás não é um ser real, mas simplesmente a personificação do mal. Negam também, como as Testemunhas de Jeová e os adventistas do sétimo dia, a existência do inferno ardente.

Quem aceita a Bíblia como revelação de Deus está impossibilitado de negar a existência real do inimigo real de nossas almas, Satnás. Sete livros no Velho Testamento ensinam que Satanás é um ser real e pessoal: Gênesis, 1 Crônicas, Jó, Salmos, Isaías, Ezequiel e Zacarias. Além disso, todos os autores do Novo Testamento descrevem as atividades de Satanás, ou Satã, também conhecido como diabo.



Seu conceito sobre a salvação


Os espíritas não reconhecem os efeitos redentivos da morte de Jesus, afirmam que nem mesmo Deus seria capaz de salvar alguém, cada um, portanto, deve resgatar-se a si mesmo. É a doutrina da auto-salvação, ensinada na doutrina da reencarnação. São ensinos diametralmente opostos aos ensinos da Bíblia, visto que ninguém pode salvar-se a si mesmo, pois "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23).

A idéia de o homem ser salvo de graça, pela fé em Jesus Cristo, é um afronta ao reino das trevas. Isso incomoda Satnás, pois ele não quer que Jesus receba a glória de ser o Redentor, o Salvador da humanidade. O sacrifício de Jesus não meramente a morte substitutiva de um homem perfeito em favor dos homens pecaminosos, mas um sacrifício de valor infinito do Deus-homem, que salva os que nele crê. Veja Romanos 3.24-26. Satanás inspira e incentiva os incrédulos a buscarem a salvação com os seus próprios recursos, rejeitando a salvação que Deus preparou para humanidade. A maior que o Inimigo usa contra essa doutrina é a própria religião.




A REENCARNAÇÃO



A palavra vem do latim, re significa "outra vez" e incarnere, que vem de duas palavras in e caris que significa "em carne". No mundo do ocultismo outras palavras e expressões são usadas para designar "reencarnação", por exemplo: transmigração, renascimento, metempsicose". Essa crença é comum em muitas comunidades pagãs. É praticada pelo hinduísmo, budismo e jainismo. Essa doutrina visa neutralizar a doutrina bíblica da ressurreição dos mortos e da redenção pela fé em Jesus.

Hoje essa crença tem alcançado popularidade nuna visto antes. Tem por objetivo aperfeiçoar a humanidade no sentido moral, espiritual e até físico. É a doutrina do carma, uma espécie de causa e efeito: tudo o que o homem semear nesta vida será colhido na próxima suposta reencarnação. Em outras palavras, acham que não precisam de Jesus, basta ser bonzinho com o próximo. Mas a Bíblia diz que a salvação não é por obra de justiça humana, mas um ato da soberana graça de Deus. Veja Isaías 64.6; Efésios 2.8,9; Tito 3.5.

Os espíritas jactam-se de ter a explicação para o fenômeno do sofrimento humano. Quem nasce com defeito físico ou com problema muito sério de saúde, dizem que é a lei do carma. Essa pessoa está pagando o que fez em outras encarnações, e assim ela vai se aperfeiçoando. Por essa razão procuram ser generosos, fundam creches e dão assistência aos necessitados. Segundo eles, reencarnações e boas obras são os meios para a salvação. Uma tentativa de angariar a salvação por seus próprios méritos.

Quando os discípulos de Jesus lhe perguntaram quem havia pecado, se o cego de nascença ou seus pais, a resposta de Jesus foi clara e destrói completamente o argumento espírita: "Nem ele pecou, nem seus pais" (Jo 9.3). Além disso, seria muito cruel alguém padecer sem saber o por quê. Jamais alguém se lembra dessa suposta encarnação, é óbvio, porque ela não existe. A Bíblia diz que reencarnação não existe, pois "aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hb 9.27).



Fonte: Manual de Apologética Cristã - 1ª Edição/2002 - Esequias Soares - Editora CPAD

Um comentário:

Unknown disse...

Boa noite, Marco, tudo bem?

acabei de ler seu texto sobre Espiritismo, o qual é bastante completo. Todavia, há alguns conceitos que não retratam fielmente os fundamentos da Doutrina Espírita.
Gostaria de conversar com você por email.
Seria possível?